Já se questionou sobre a diferença de percepção e atitude das pessoas em relação ao coaching e à psicoterapia?
As pessoas que procuram ou iniciam um programa de coaching anunciam-no aos amigos e familiares alto e em bom som, não raras vezes com orgulho até!
Já as pessoas que fazem acompanhamento psicológico, não o comentam na maioria dos casos e, se o fazem, reservam-no ao núcleo social mais restrito pedindo discrição!
Vejamos então. Normalmente, psicoterapia rima com sofrimento, desespero, doença mental, incapacidade do próprio para resolver os seus problemas, fraqueza, muito tempo e muito dinheiro gasto. O coaching rima com mudança rápida, resultados de excelência, objectivos ambiciosos, sucesso na vida, revela ao mundo que é uma pessoa inteligente, dinâmica, que investe (não gasta) em si e no seu futuro.
Fraqueza, dor e gastar muito dinheiro versus sucesso, mudança rápida e investimento. A última opção parece ser bastante mais atraente!
Mas será que os nossos hábitos comportamentais e as nossas crenças limitadoras invadem a nossa consciência facilmente e são tão rapidamente modificáveis?
Se não houvesse este preconceito tão “negro”, já enraizado e aliado ao sentimento de incómodo em ir ao psicólogo, não seria a procura da psicoterapia muito mais frequente e imediata?
Não serão óbvias as vantagens em despistar e tratar inquietações e dificuldades antes de se transformarem em bloqueios ou psicopatologias?
Quando há alguns anos estudei Programação Neuro Linguística desenvolvi uma maior consciência acerca do poder das palavras, de como elas modelam os nossos estados emocionais.
A Psicologia deverá evoluir na sua linguagem face à mudança dos tempos e das vontades, porque nela habita um conhecimento profundo e sábio acerca do ser humano e de como promover o seu equilíbrio na vida.